quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vitoriosa comemoração classista do 1º de Maio em São Paulo (2011)

 Contrastrando com a festa (vinho e festa para o povo) promovida pelas centrais sindicais pelegas (CUT, Força Sindical, CTB e outras), enlameando o 1º de Maio, com sorteios, shows de mau gosto, discursos de corruptos de toda laia (vaiados pelo público presente), e com financiamento do Bradesco, Brahma e Serviço "Social" da Indústria, os verdadeiros movimentos de defesa dos direitos do povo, entre os quais a Liga Operária e a Liga dos Camponeses Pobres, realizaram uma vitoriosa manifestação, no dia 02 de maio, que cruzou todo o centro de São Paulo, recebendo o apoio da população, cansada de tanto arrocho, mentira e esculhambação dos políticos e seus sindicalistas pelegos e corruptos.
Passeata na Av. Paulista

Panfletagem na Av. Paulista

Ecoaram nas avenidas de São Paulo as seguintes palavras de ordem:

E viva, a classe, trabalhadora
Menina Camponesa: Futuro da Revolução
Abaixo a CUT, pelega e traidora.

Dilma, delatora, pelega e traidora.

Eleição é farsa, o povo, unido, vai fazer revolução!

Terra, para quem trabalha, e viva a Revolução Agrária!

Morte, ao latifúndio, e viva o Poder Camponês e Operário!

Um dos pontos altos da manifestação foi um protesto, em frente ao Consulado da Índia, Estado cliente dos EUA, que oprime os povos Adivasi, roubando suas terras para entregar a mineradoras estrangeiras, enfrentando a resistência camponesa e a Guerra Popular empreendida pelo Partido Comunista da Índia (Maoista).


Veja, abaixo, o panfletos distribuído durante a manifestação, da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, que espõe uma análise minuciosa sobre a atual situação internacional e da luta do povo brasileiro:

sábado, 16 de abril de 2011

A escravidão continua






No dia 13 de maio se comemora, oficialmente, a abolição da escravatura no Brasil. Conta a história, escrita pelos vencedores, que nesse dia, em 1888, um decreto extinguindo formalmente o escravo, foi assinado pela Princesa Izabel, então regente.

Na verdade, o fim da escravidão legal não foi uma concessão gratuita do regime, mas fruto de uma longa luta, que começou nos quilombos e terminou em rebeliões republicanas/nacionalistas, uma perspectiva revolucionária para aquele momento, e que colocavam em risco os interesses do capital mercantil que então controlava o império (o 7 de setembro foi uma farsa, pois até já era semi-colônia dos ingleses).

E a dita abolição não resultou em libertação dos cativos, porque se manteve o monopólio dos grandes latifundiários sobre a terra, surgindo um novo tipo de escravo, o semi-escravo, ao qual se incluem os índios e milhões de imigrantes europeus, formando a mão-de-obra barata na produção agrícola voltada principalmente às importações.


Força Nacional de Segurança, Exército, Polícia Federal e militar em operação de guerra para deslocar camponeses do "Complexo" de fazendas Forkilha, no Pará
Escravidão não significa apenas a condição de posse de um ser humano por outro (como a escravidão por dívidas que ainda ocorre nos grotões do Brasil), mas qualquer forma de relação de trabalho pré-capitalista, onde não haja a liberdade de contratar livremente as condições, como o salário e a jornada. O meeiro, o parceiro, e mesmo o trabalhador assalariado que mora na casa de fazenda do patrão, assim como todo aquele submetido a uma situação precária, não têm propriamente poder de decidir, inclusive de por fim à “relação”, melhor dizendo, imposição de trabalho.

Mais de século da Lei Áurea, a escravidão e a semi-escravidão ainda são praticadas no Brasil, que, aliás, permanece uma semi-colônia, revelando contradições que se entrelaçam: a situação de miséria é que dá condições à existência de um capitalismo de rapina, dependente ao capital estrangeiro.

E a cada dia, com a crise do sistema capitalista, essa forma de superexploração se instala nas cidades, com a precarização, a terceirização, a retirada de direitos, inclusive previdenciários, e até mesmo na criminalização, pura e simples, como se viu recentemente na repressão da rebelião dos operários das grandes obras bancadas pelo governo, onde são mantidos enjaulados em alojamentos, verdadeiras senzalas.
Operários são "conduzidos" em Jirau. Crime: greve

Se os trabalhadores têm alguma coisa a comemorar no dia 13 de maio é o exemplo da resistência dos quilombolas e de todos aqueles que, desde então, têm consciência de que a libertação de fato somente é possível com a destruição de todos, absolutamente, todos os grilhões.

“Me chamaram do sertão
prometendo emprego bom
trabalho com alojamento, alimentação
transporte, férias, boa remuneração.
Vim de longe e descobri logo a enganação
queriam que eu trabalhasse
que nem no tempo da escravidão!
(...)

Que bela visão!
Olhai bem, ó burguês fanfarrão,
o fogo que consome toda sua instalação!
Nessa chama arde não só a sua empresa
arde a ira de um povo revoltado com a pobreza
cansado de sofrer pra alimentar sua riqueza...”

Jirau*: humilhação, fúria e fogo (Luiz Aurélio, operário)
*obra de barragem em Rondônia, onde 8.000 trabalhadores se revoltaram contra as condições de trabalho, em março de 2011.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Seguro desemprego: mais uma traição do PT/pecedobê/CUT contra os trabalhadores


Seguro desemprego: mais uma traição do PT/pecedobê/CUT contra os trabalhadores
O desgoverno do PT/pecedobê, CUT (e demais centrais sindicais pelegas) assaltam mais uma vez os trabalhadores, impondo trabalho escravo no lugar do pagamento do seguro desemprego.
O Jornal A Tribuna (Vitória, ES), do dia 14 de abril de 2010, traz as novas regras do seguro desemprego, uma coação ao trabalhador a aceitar "emprego" imposto pelo governo/patrão, em troca do pagamento do seguro desemprego.
Alegam os oportunistas, a serviço dos patrões, que muitos trabalhadores deixam o emprego para receber o seguro desemprego, fazendo bico para dobrar o rendimento. Se alguém faz isso, é porque o salário de fome decretado pelo PT é essa miséria de R$545,00. Se o salário fosse no mínimo R$2.200,00, conforme definido pela Constituição, ninguém deixaria o emprego para receber a migalha do seguro desemprego.
Vejam como esses hipócritas condenam os trabalhadores, mas não saíram às ruas, não lançaram nem mesmo um boletim, para criticar o reajuste de 160% dos salários dos deputados (que o PT e pecedobê votaram a favor na pocilga parlamentar), os empréstimos milionários a grandes empresas, os juros estratosféricos com os quais mantêm os agiotas financeiros, o mensalão que ajudou a engordar a  tal "base aliada".
Esquecem os oportunistas da gerência colonial que o seguro desemprego funciona como uma espécie de revezamento do desemprego: um trabalhador cede a vaga a outro, maquiando a estatística, já manipulada, do índice de desempregados. O resultado "positivo" dessa ação desvairada do PT seria a revelação do real quantitativo de trabalhadores desempregados.
O seguro desemprego é pago com recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador), recursos dos próprios trabalhadores, fundo esse que é superavitário, ou seja, há muito dinheiro nesse fundo, administrado mau e porcamente pelo governo, não em proveito dos trabalhadores. O que pretende o PT, então? fazer sobrar mais dinheiro do FAT, para desviá-lo a o pagamento de juros, pagamento a empreiteiras que sustentam as campanhas dos petistas, e emprestar, via BNDES e Banco do Brasil, quantias bilionárias a juros subsidiados para grandes empresas, que vivem às custas do dinheiro público, com a Aracruz Celulose, de Antônio Ermírio de Morais, e a Coteminas, do falecido José de Alencar, o todo queridinho de Lula, dentre outras.
O mais estarrecedor, e revelador, na matéria de A Tribuna, é que enquanto os líderes empresariais comemoram a medida de Dilma, o megapelego presidente da Central Única dos Traidores no Espírito Santo, o Sr. José Carlos Nunes, que também desonra os comerciários (foi presidente do Sindicato dessa categoria), diz, com a cara mais deslavada, que "não vê a medida como um prejuízo para os trabalhadores". É o mesmo, em suma, o que fez a diretoria do sindicato da construção civil de Rondônia, também filiado à CUT, que elogiava as condições de trabalho na usina de Jirau, enquanto os operários, com toda justiça, incendiavam as instalações da empreiteira Camargo Correia.
A cada dia fica mais claro que a luta contra a rapina contra o povo é inseparável da luta contra o oportunismo de todo tipo, dessas hienas encasteladas nas entidades sindicais, que deveriam estar a serviço dos trabalhadores, ma que está a serviço do grande patronato.
Sugerimos aos trabalhadores representados por entidades sindicais ainda filiadas à CUT, ou as demais centrais sindicais pelegas, que façam abaixo-assinados, exigindo de suas diretorias a imediata desfiliação dessas centrais, que estão a servido do governo e dos patrões, e que, para desempenhar esse papel sujo, estão recebendo vultosa parcela do imposto sindical, que tanto combatiam quando se diziam defensores de um sindicalismo independente dos patrões e do governo.